Américo Brasílio de Campos
Américo Brasílio de Campos é um personagem interessantíssimo, da História de São Paulo e do Brasil.
Seu pai, o velho Bernardino de Campos, cursou a 3ª turma da já famosa Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Matriculado em 1830, colou grau, em 1834.
Recém-formado, casou-se, em São Paulo, com Felisbina Rosa Gonçalves, em 12 de agosto de 1834 e logo seguiram para Bragança Paulista, aonde fora nomeado como Juiz de Direito. Ali nasceu Américo de Campos, em 12 de agosto de 1838.
Felisbina Rosa Gonçalves (mãe) e Bernandino de Campos (pai)
Em Bragança, também nasceram os irmãos de Américo, Amélia, Delfica e Carlos, que ali faleceu criança.
Logo, o juiz foi designado, para exercer a sua função, em Pouso Alegre, MG.
Foi na cidade mineira, que lhe nasceu mais um filho, em 1941. Foi batizado como Bernardino José de Campos Jr.
Com a família aumentada, o pai, Bernardino, por volta de 1843, se desligou da função de juiz e mudou-se para a Vila de São Carlos, atual Campinas.
2 – MUDANÇA PARA CAMPINAS
Embora, há muito pouco tempo, fosse apenas uma pequena povoação, pertencente à vila de Jundiaí, o local, em 1774, fora elevado à condição de freguesia.
Desenho H. Lewis de 1863, mostrando a antiga e primeira cadeia e Câmara Municipal de Campinas;
Foi ali, naquela pequenina cidade, que Bernardino, em 1843, instalou, cheio de esperançosas perspectivas, sua banca de advogado e criou seus filhos.
Durante sua infância e mocidade, Américo e Bernardino, em uma vida de pioneiros, fizeram, em Campinas, grandes amigos, com quem caminharam juntos, pela vida inteira, seguindo a mesma trajetória de luta, para tornar o Brasil um país melhor e mais justo, para seu povo.
Antiga Matriz, inaugurada a 25 de julho de 1781, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição das Campinas.
Pulando Carniça – Cândido Portinari
Os irmãos Américo e Bernardino de Campos, Manuel Ferraz de Campos Sales, Francisco Glicério de Cerqueira Leite e seu irmão Jorge Ludgero de Cerqueira Miranda, Bento Quirino dos Santos e seu irmão Francisco Quirino dos Santos, José Paulino Nogueira, Carlos Gomes, cresceram juntos, pelas ruas poeirentas, daquela Campinas de outrora.
Brincavam com seus irmãos, e mais as crianças dos arredores, cercados pelo ar perfumado da exuberante vegetação, sob o céu azul, com seus bandos de andorinhas e radiante sol.
Manoel Inácio Álvares de Azevedo (poeta)
Américo, Bernardino e suas irmãs eram acompanhados em seus estudos, pelo pai. O que mais gostavam era, após completadas as lições, os quatro sentarem-se no chão, aos seus pés, com ele na cadeira de vime, para ouvirem suas histórias de vida, principalmente quando se tratava de sua passagem pela Faculdade de Direito de São Paulo, como aluno da terceira turma, que ali se matriculara.Contava-lhes como se lembrava do alvoroço que fora quando, em uma das salas da Faculdade, a mulher de seu colega Manoel Inácio Álvares de Azevedo, ao ir encontrar o marido na saída das aulas, sentira repentinamente as dores do parto e dera, ali mesmo, à luz, o futuro poeta, Álvares de Azevedo.
Os meninos achavam graça e ouviam com prazer o pai ler as poesias do festejado gênio, tão popular, que de tão repetidas chegavam a decorar.
Mas, a história que mais os impressionava, era a do professor do curso anexo da Faculdade, Líbero Badaró, que preparava os alunos, para os exames necessários à matrícula.
Ao lado, desenho de Libero Badaró, por Tancredo do Amaral
Contratado para ensinar geometria, no curso preparatório para ingresso na Academia, o seu modo jovial logo conquistou os alunos, que após as aulas a ele se reuniam, no Pátio, no Largo ou à noite, nas Repúblicas e às vezes na casa do Professor, para discutirem o que mais gostavam: O momento político pelo qual passava a monarquia.
Libero Badaró
O Povo exigia que o Imperador, D. Pedro I, respeitasse a Constituição, que ele mesmo outorgara. Queriam um monarca constitucional.
Badaró, que na Itália já se indispusera com o governo, por declarar suas ideias liberais e combater o absolutismo, continuou no Brasil a defender suas posições políticas.
Os alunos o ouviam hipnotizados, quando expunha, de modo tranquilo, com um leve sotaque que denunciava sua origem italiana, as teorias sociológicas e políticas, que fundamentaram o nascimento das Repúblicas Americana e Francesa.
Bernardino aproveitava, enquanto contava suas histórias, para passar aos filhos os ensinamentos daquele mestre inesquecível, pois, para ele, entre todos com quem estudara, foi o que mais influiu em sua formação.
Foi lendo e conhecendo as lições de Líbero Badaró, que Américo, Bernardino e os futuros acadêmicos, conheceram os princípios expostos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que levaram os povos a ter consciência de seus direitos sociais e das liberdades individuais.
Princípios esses, que nortearam todos os atos de suas vidas e, que se perpetuaram por todas gerações dos que por ali passaram.
Bernardino não podia evitar, que sua voz ficasse embargada e seus olhos marejados de lágrimas, ao contar a seus filhos, a grande desgraça, que, já frequentando o primeiro ano do curso, se abateu sobre São Paulo e, principalmente, sobre a Faculdade.
Assassinaram Líbero Badaró!
Para contar tão triste notícia, reproduzo aqui um trecho do e-book “Libero Badaró” de Augusto Goeta.
As sementes dos ensinamentos de Líbero Badaró caíram em solo fecundo.
De geração em geração, os alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco fizeram dos princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade os pilares de sua formação.
Mostrava Bernardino a seus filhos, como os acadêmicos de Direito cultivavam o Civismo e a Liberdade e como execravam o sistema, que acolhia uma legislação tolerante com a exploração do braço escravo.
Ensinava-os a nunca aceitar a escravidão e a lutar pela Abolição do povo vergonhosamente escravizado.
E era isso, que Bernardino queria passar para seus filhos, ao contar sua vida, dos tempos da Faculdade.
A influência do pai advogado, antigo aluno das Arcadas, foi grande nas vidas de Américo e Bernardino.
3 – HOMENAGEM A LÍBERO BADARÓ
Recém proclamada a República, por ocasião dos 59 anos da morte de Líbero Badaró, Américo não se esqueceu da história, sobre o assassinato, que seu pai lhes contara.
Era uma história, que o emocionava, pois lhe trazia à memória o dia mais triste de sua vida, quando um pistoleiro, a mando de um desafeto, também assassinara seu pai.
Américo de Campos, já jornalista, fundador e dono, com José Maria Lisboa, do jornal “Diário Popular”, publicaram, na edição de 21 de novembro de 1889, um editorial em homenagem ao grande defensor da Liberdade dos Povos.
Antônio Carlos Gomes
4 – AULAS DE MÚSICA
A paixão de Américo era a música e a matemática. Estudava, com gosto e afinco, as duas matérias.
O pai, esperando vê-lo seu herdeiro, como advogado, exigia. que tivesse aulas particulares de latim e filosofia. Para agradá-lo, contratou, para lhe dar aulas de música, o melhor professor da cidade, o Mestre de Capela, Maestro Manoel José Gomes, pai de Antônio Carlos Gomes, seu amigo de folguedos e companheiro, no coro da Igreja Matriz.
Todos os dias, livrando-se rapidamente de suas obrigações escolares, Américo corria para a casa de Tonico, o futuro gênio musical do Brasil, para terem aulas juntos.
Aquelas horas, que passava na casa da Rua da Matriz, nº 50, eram as mais felizes de sua vida. Ali a música imperava. Era a família, eram os alunos, ora em harmoniosa e linda polifonia, ora em um estonteante contraponto. Aos domingos e dias santos, iam cantar nas missas e festas, participando do coro da Matriz.
Maestro Manoel José Gomes
5 – Os meninos de Campinas cresceram. Uns, ali permaneceram, outros foram viver, em outras cidades
BERNARDINO JOSÉ DE CAMPOS JUNIOR
JORGE LUDGERO DE CERQUEIRA MIRANDA
AMÉRICO DE CAMPOS
MANUEL FERRAZ DE CAMPOS SALES
FRANSCISCO GLICÉRIO DE CERQUEIRA LEITE
BENTO QUIRINO DOS SANTOS
FRANSCISCO QUIRINO DOS SANTOS
JOSÉ PAULINO NOGUEIRA
CARLOS GOMES
Mas nunca deixaram de se ver, de se comunicar. Formaram uma brigada, de homens prontos para engrandecer seu país e lutar pelos ideais republicanos, da Igualdade, Liberdade e Fraternidade.
SÃO PAULO - CAPITAL 1914
FACULDADE DE DIREITO - LARGO SÃO FRANCISCO
Completado seus anos de estudo primário e secundário, chegou o dia de Américo partir para São Paulo e frequentar o curso preparatório, para matricular-se na Faculdade de Direito, onde seu pai se formara.
Estando pronto para prestar os exames, que o habilitaria para iniciar os estudos, seu pai lhe pediu, que adiasse a matrícula e voltasse para Campinas, tendo em vista que, naquele ano, o escritório recebera poucas causas, o que lhe dificultava mandar a mesada, para cobrir as despesas do filho.
Américo preferiu ficar e, muito erudito, sabendo bem o francês e o latim, começou a dar aulas, para ganhar algum dinheiro. Dirigiu-se à redação do jornal “O Correio, Paulistano”, fundado por um dos decanos dos jornalistas paulistas, José Roberto de Azevedo Marque, futuro sogro de seu amigo de infância Francisco Quirino dos Santos, e lhe pediu emprego.
Azevedo Marques conhecia bem as famílias de Campinas, onde tinha muitos leitores e amigos. Mais tarde chegou a morar e fundar com seu genro campineiro, Francisco Quirino, o jornal “A Gazeta de Campinas”. Assim, Américo conseguiu meios para se sustentar, enquanto estudava.
Ao transpor, pela primeira vez o portal da Academia, Américo sentiu, que ali era seu mundo.
Naquele pátio, entre as Arcadas, ou à noite, sob a fraca luz do lampião a óleo do Largo de São Francisco, ou nas barulhentas repúblicas, os estudantes debatiam suas teorias, citavam seus autores favoritos e passavam aos calouros as histórias e tradições de sua comunidade.
São Paulo – Conversa à luz do lampião
Com grande afinidade com os pensamentos de Júlio Frank e Líbero Badaró, tanto Américo, como seu irmão Bernardino, os tomaram como exemplos para suas vidas. Américo, como estudante, era boêmio, gostava de noitadas e conversas sobre política, abolição, filosofia.
Não se incomodava muito com seus trajes e, friorento, trazia sempre um xale em seus ombros e uma fruta no bolso, para mordiscar a qualquer hora.
Túmulo de Júlio Frank – Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, SP
Não se aprofundou nos estudos do Direito, pois seu tempo era mais dedicado a escrever artigos para os folhetins, que se publicavam na faculdade. Suas notas eram suficientes para não perder o ano.
Pátio do Colégio cerca de 1860. À direita parte da Casa da Ópera.
Ao centro a igreja do Colégio.
Foto de Militão Augusto de Azevedo
Américo divertia-se escrevendo peças de teatro, como a comédia, em um ato, “O Concílio das Comadres”, encenada na já decadente “Casa da Ópera”, ou “Teatrinho”, como carinhosamente era chamada pelo povo paulista.
A peça foi aplaudida pelo público, na sua maioria composto pelos colegas do Largo de São Francisco.
A “Casa da Opera”, o primeiro teatro de São Paulo, que poucos anos depois foi demolido, (1870), ficava no Pátio do Colégio ao lado da igreja dos jesuítas, com fundo para a antiga Rua da Fundição, atual Rua Floriano Peixoto, conforme nos informa Edison Loureiro, em seu site “São Paulo Passado”.
PAULO EIRÓ
Esse interesse, pelo teatro, o aproximou do poeta Paulo Emilio de Salles Chagas, mais conhecido por Paulo Eiró, um dos estudantes ali matriculados, com quem desenvolveu sólida amizade.
Criticavam suas poesias e comentavam suas peças. Discutiam filosofia e política. E encontraram grande afinidade de ideias, ao defenderem o fim da escravidão e o regime republicano de governo.
Nessa época, já frequentava também a Faculdade, seu irmão, Bernardino de Campos.
A amizade com os dois irmãos foi providencial para o calouro Paulo Eiró. Tímido e frágil, era o alvo preferido dos veteranos, para lhe aplicarem o famigerado trote. Muitas vezes, a intervenção dos irmãos Campos foi salvadora.
CARLOS GOMES, AMÉRICO DE CAMPOS E A MÚSICA
As lembranças da bandeira da Abolição, levantada pelos estudantes, à qual aderira totalmente, o levaria, em sua maturidade, a compor uma de suas mais conhecidas Óperas, “Lo Schiavo”. “Lo Schiavo”, com libreto escrito por Alphonse de Taunay, foi apresentada, com muito sucesso, no Rio de Janeiro, em 1889, poucos meses antes da Proclamação da República, um ano após a Abolição.
Naquele tempo era muito difícil ouvir boas músicas, mas Américo, dono de um ouvido privilegiado, lia as partituras como se fossem romances, marcando o ritmo com as mãos e cantarolando.
Não foi à toa, que, assim que foi cumprida sua missão jornalística de propagar os princípios republicanos, que levariam à proclamação do dia XV de novembro de 1889, aceitou o cargo de cônsul do Brasil, em Nápoles, onde sabia, que poderia conviver mais com sua amada música.
Pertencia a essa mesma turma, aquele que seria uma das maiores inteligências postas a serviço da formação política e educacional dos primeiros anos da nossa República, Francisco Rangel Pestana (1839/ 1903). Nascido na Vila de Iguaçu, RJ, hoje Nova Iguaçu, logo se integrou com o grupo de Campinas, principalmente com Américo, amizade que os uniu pela vida inteira, tanto nas atividades políticas, como na profissão de jornalistas.
Américo e Rangel Pestana deram início à suas carreiras jornalísticas, colaborando com artigos para os jornais acadêmicos, “O Lírio” e o jornal político “A Razão”, fundados por Francisco Quirino dos Santos, e o irmão João Quirino do Nascimento.
Rangel Pestana merece ser mais homenageado e ter sua vida mais conhecida, pois foi um dos mais combativos propagandistas da República e da Abolição.
Foi, também, um dos principais elaboradores do programa do PRP, que tanto progresso trouxe a São Paulo. Não se pode esquecer, que foi Rangel Pestana o principal idealizador de uma ampla reforma do ensino, pela qual teve sempre que lutar, para ser entendida e implantada, desde o tempo da monarquia.
Somente após a Proclamação da República, encontrou apoio para execução de seus projetos.
Com o advento do sistema Republicano, foi iniciada, no Estado de São Paulo, a implantação da Reforma planejada, com a aprovação de Prudente de Morais, e prosseguida por seus sucessores, Jorge Tibiriçá Piratininga, Américo Brasiliense e Cerqueira César.
Contudo, como acontece até nos dias de hoje, a oposição à implantação de um sistema educacional moderno era muito forte, havendo severo boicote aos projetos republicanos, para o ensino.
Somente no governo de Bernardino de Campos, que reuniu, à sua volta, um secretariado composto dos mais preparados indivíduos, nas diversas áreas do conhecimento, foi possível vencer a perversa oposição, que impedia a realização da principal meta do projeto, que era o de levar-se o conhecimento a toda população, sem qualquer discriminação entre as classes sociais.
Meta essa adotada, em respeito a um dos sagrados princípios republicanos, o Princípio da Igualdade. O sucesso do Partido Republicano Paulista, que assegurou seu Poder durante tantos anos, foi justamente a seriedade com que seus membros deram à implantação das obras contidas em seu projeto de governo, dando, cada novo ocupante do cargo de Governador, continuidade às obras pelo governante, que o antecedeu.
Rangel e Américo foram fundadores, sócios proprietários e redatores da “Província de São Paulo”, jornal propagandista da República, atual “O Estado de São Paulo”, bem como redatores do “O Correio Paulistano”, que além de Republicano, se dedicava a combater, ferrenhamente, a escravidão, vergonha Nacional.
Em sua época de estudante, Américo, que escrevia muito bem, publicava artigos nos jornais acadêmicos. Embora tenha se formado em Direito, pela Faculdade do Largo de São Francisco, sua vida foi dedicada ao jornalismo político, voltado principalmente a propagar as ideias republicanas e abolicionistas.
7 – AMÉRICO, PROMOTOR EM ITÚ
Américo formou-se em 1860 e foi para Itu, como Promotor.
Ali teve a oportunidade de poder estudar música, com seu amigo de infância Elias Álvares Lobo de Albertim, com quem compunha, junto com Carlos Gomes.
Foi em Itu, que Américo comprou seu primeiro piano.
O instrumento musical era fabricado naquela cidade, pelo habilidoso artesão Antônio Venerando Teixeira. Deve ter sido um dos primeiros pianos fabricados, totalmente, no Brasil, com madeira aqui colhida.
Piano fabricado em Itu, pelo artesão Antônio Venerando Teixeira.
Museu Republicano de Itu, SP
Ao partir para Nápoles, como cônsul brasileiro, Américo deixou o piano, com seu irmão Bernardino, para gáudio de seu sobrinho Carlos, que, como ele, vivia para a música.
Naquele piano, Carlos de Campos, que viria a ser Governador de São Paulo, compôs muitas músicas e até uma ópera. “A Bela Adormecida”.
A carreira de Américo em Itu durou apenas dois anos, interrompida por uma tragédia que o abateu profundamente. A morte, inesperada de seu pai.
O pai, Bernardino de Campos, ao tratar do inventário de sua filha, que ficara viúva, teve um desentendimento com um parente do morto.
Este, inconformado por perder a causa, tratou o pistoleiro Bento José dos Santos, para matar o brilhante advogado, que defendia os direitos da filha e dos netos.
Ao sair do teatro São Carlos, em uma noite festiva, quando a população comemorava a festa dos Santos Reis, no dia seis de janeiro de 1864, foi atingido por um tiro traiçoeiro e fatal. Tinha 58 anos.
Bernardino tinha apenas 23 anos e Américo, 26.
Inconformados, os filhos terminaram os processos do pai e fecharam o escritório, em Campinas. Bernardino foi, com mulher e filho, para a vizinha cidade de Amparo, como promotor.
Américo se exonerou do cargo de promotor público e, naquele mesmo ano, foi para São Paulo, para se encontrar com Luiz Gama e Américo Brasiliense e, com eles, traçar a linha de ação, para a propaganda abolicionista e republicana, nos moldes do que já se fazia no Rio de Janeiro.
About The Author
Maria Sylvia Nogueira de Toledo
A autora e editora do portal Maria Sylvia Nogueira de Toledo, Procuradora do Município de São Paulo, (1936), aposentada, não é historiadora. Contudo, verificou que em algumas publicações, sobre a vida de seus antepassados – importantes personagens da História do Brasil – havia algumas lacunas e, até mesmo inverdades, o que a levou a publicar esse Portal, para além de esclarecer alguns equívocos, pudesse registrar momentos importantes de nossa História.
Além de fazer pesquisas, em livros, jornais, documentos, museus, acrescentou diversos relatos ouvidos de seus familiares, que não fazem parte da historiografia.
Prezada Maria Sylvia Nogueira de Toledo,
Boas entradas em 2022!
Estou produzindo um artigo sobre Flávio Farnèse da Paixão Júnior para o meu Blog do Braga e pergunto-lhe se você possui algum retrato ou imagem dele.
Dou-lhe o crédito pela imagem, se possuir alguma.
Caro Francisco José dos Santos Braga, infelizmente não tenho a foto de Flávio Farnèse da Paixão Júnior. Sei que meu bisavô, Bernardino de Campos, foi muito amigo dele e ,que assim como seus companheiros de luta para a implantação da Republica, ficou consternado com sua precoce morte. Foi Flávio Farnése que mandou, do Rio de Janeiro, para Amparo, em São Paulo, o primeiro número do Jornal “A REPÚBLICA”, para Bernardino, o que incentivou o amigo a criar o primeiro Clube Republicano, do interior de São Paulo.